É comum sermos orientados a evitar o contato com metais pesados. Mas o que são eles? Onde estão presentes? Quais riscos apresentam à nossa saúde?
Neste texto vamos responder a essas perguntas e explicar como esses elementos se comportam quando em contato com o organismo, como podemos evitar a exposição a eles e quais alternativas podem ajudar a eliminá-los do corpo, evitando possíveis intoxicações.
O que são metais pesados?
A definição de metais pesados diz respeito, basicamente, ao alto peso molecular que esses elementos químicos apresentam, seja devido ao peso atômico ou à densidade. E, ao contrário do que se imagina, nem todos os metais pesados são considerados tóxicos. Em concentrações fisiológicas, alguns metais desempenham papéis essenciais para o organismo, sendo imprescindíveis para a manutenção das atividades biológicas.
O cobre, o magnésio, o ferro, o zinco, o cálcio, o potássio, o sódio, o cobalto, o manganês, o molibdênio e o cromo, por exemplo, quando consumidos ou administrados em uma dosagem segura, fazem parte de uma rotina saudável e contribuem para o funcionamento do nosso corpo.
Em geral, é muito difícil desenvolver algum tipo de intoxicação por esses minerais, pois seria necessária uma alta ingestão desses nutrientes, o que é pouco provável de acontecer. Afinal, eles já estão presentes em níveis baixos na composição dos alimentos, e a maioria dos produtos que complementam a ingestão desses elementos, como suplementos e manipulados farmacêuticos, são feitos com concentrações seguras.
Já outros metais pesados, como alumínio, arsênio, cádmio, chumbo, mercúrio e níquel, não trazem quaisquer benefícios para a nossa saúde e podem, inclusive, contaminar o ar, o solo, a água e os alimentos.
Metais pesados tóxicos
Os metais pesados tóxicos podem facilmente entrar em contato com as pessoas. A via alimentar é considerada um dos principais meios de intoxicação, seguida pelas vias inalatória (principalmente pela exposição ocupacional) e de contato. Quando em acúmulo no organismo, essas substâncias podem gerar complicações para a saúde.
Conheça quais são os principais metais pesados tóxicos e onde estão presentes:
Principais tipos de metais pesados tóxicos e onde são encontrados
- Alumínio: encontrado em utensílios domésticos, medicamentos, antitranspirantes e cosméticos.
- Arsênio: utilizado em indústrias e também como pesticida.
- Cádmio: é usado em soldas, em algumas baterias e pilhas.
- Chumbo: está presente nas indústrias, compondo tintas, estabilizantes para plásticos, na produção de cerâmicas e no processo de soldagem.
- Mercúrio: é encontrado principalmente em efluentes industriais (cloro-soda e lâmpadas fluorescentes).
- Níquel: pode estar presente em cimentos, baterias de celular, moedas, cosméticos, alguns alimentos e joias.
Como o acúmulo de metais pesados pode impactar o organismo?
Quando entendemos que esses elementos estão presentes em todas as partes, como no ar, no solo e na água, é comum gerar uma certa preocupação em saber que o nosso organismo está constantemente exposto a eles.
Porém, precisamos entender que o nosso corpo está preparado para lidar com isso e consegue desenvolver funções no organismo, especificamente através do processo de detoxificação realizado pelo fígado, que contribuem para a eliminação natural dos metais pesados através do suor, da urina ou das fezes, por exemplo.
Contudo, os metais pesados possuem propriedades bioacumulativas e não biodegradáveis, ou seja, não se decompõem e contribuem para o aumento da carga tóxica no organismo.
Essa carga tóxica é, basicamente, a quantidade de toxinas acumuladas no corpo. Ela pode aumentar quando há uma superexposição a essas substâncias, somada a uma baixa capacidade de filtragem e eliminação do organismo.
A baixa capacidade, entretanto, pode estar relacionada com hábitos que podem prejudicar o funcionamento geral do nosso corpo, como, por exemplo, uma alimentação inadequada, pouca hidratação e sedentarismo.
Por isso, cuidar da saúde geral e evitar a superexposição são os primeiros passos para ajudar o corpo a potencializar suas funções e, assim, minimizar os prejuízos que os metais pesados podem causar à saúde.
Quais são os prejuízos dos metais pesados para a saúde?
Os metais pesados possuem uma boa afinidade com o oxigênio, o nitrogênio e o enxofre, e acabam se ligando a esses componentes, que, por sua vez, são fundamentais para a formação de proteínas no organismo.
Em virtude desse processo, as estruturas proteicas podem sofrer alterações que, consequentemente, diminuem o desempenho de enzimas importantes para o sistema antioxidante celular. Além disso, muitas dessas substâncias levam ao aumento de espécies reativas de oxigênio (EROs) e consequentemente de radicais livres, que, em quantidades elevadas, prejudicam o funcionamento celular.
Com o sistema antioxidante comprometido, o corpo não consegue neutralizar esses radicais livres de maneira eficaz, levando a um desequilíbrio ainda maior em todo esse sistema.
Esses acontecimentos deixam as defesas do nosso organismo mais enfraquecidas. Por isso, quando não estamos com o corpo saudável e devidamente preparado para lidar com esses elementos, o resultado pode ser uma intoxicação aguda ou crônica por metais pesados, gerando prejuízos à saúde.
Intoxicação aguda por metais pesados
A intoxicação aguda acontece quando acumulamos uma grande quantidade desses metais pesados em um curto espaço de tempo, sobrecarregando o nosso organismo a ponto de desenvolver alguns sintomas físicos, como:
- Náuseas.
- Vômitos.
- Diarreia.
- Dor de cabeça.
- Dor abdominal.
- Arritmia.
- Aumento da pressão arterial.
- Alteração dos batimentos cardíacos.
- Formigamento das mãos e dos pés.
Intoxicação crônica por metais pesados
A intoxicação crônica, por outro lado, está atrelada à maior frequência de exposição e relacionada ao acúmulo gradual de carga tóxica.
Quando o nosso organismo possui pouca capacidade de filtragem e excreção dessas substâncias, com o tempo, o aumento de carga tóxica pode levar a uma intoxicação crônica e evoluir para as seguintes condições de saúde:
- Danos na estrutura óssea.
- Alterações neurológicas.
- Problemas cardiovasculares.
- Alterações no metabolismo da hemoglobina.
- Distúrbios endócrinos.
- Maior incidência de alguns tipos de câncer, como o de pulmão, pele e bexiga/rim.
É importante lembrar que a intoxicação por metais pesados, seja ela aguda ou crônica, possui características diversas e que se assemelham a outros quadros comuns. Por isso, diante de qualquer suspeita, é fundamental recorrer ao atendimento médico para uma avaliação individualizada.
Hábitos que ajudam a evitar a exposição crônica aos metais pesados tóxicos
De certa forma, é pouco possível evitarmos por completo o contato com os metais pesados tóxicos, já que eles estão em toda parte.
Porém, algumas alternativas podem nos ajudar a diminuir essa exposição, evitando uma sobrecarga do fígado no processo de eliminação desses elementos. Confira algumas atitudes importantes:
Verifique a procedência da água
De acordo com as pesquisas, a água é um dos principais meios de intoxicação por metais pesados. Locais com rios contaminados e baixa taxa de tratamento de água são os que possuem maiores índices de efeitos adversos causados por esses elementos.
Por isso, se certificar a respeito da qualidade da água que está sendo consumida e utilizada diariamente é importante para diminuir a exposição a essas toxinas.
A principal orientação, nesse caso, é utilizar sempre água encanada e tratada para tomar banho, cozinhar e lavar a louça. E, para beber, prefira utilizar filtros nas torneiras ou optar pelo consumo de água mineral.
Mantenha uma alimentação saudável
Os metais pesados tóxicos estão envolvidos em variados processos industriais e podem estar presentes na fabricação de alimentos ultraprocessados e enlatados, por exemplo, pois servem como conservantes, corantes e aditivos químicos, além de estarem na composição de algumas embalagens.
Por serem componentes de agrotóxicos e pesticidas, também podem ser encontrados em frutas, vegetais e grãos.
Por esses motivos, optar por uma alimentação saudável, composta majoritariamente de alimentos in natura ou minimamente processados e, quando possível, de origem orgânica, é uma das alternativas para tentar impedir o acúmulo de metais pesados no organismo.
Opte por produtos livres de metais pesados
Como dito anteriormente, os metais pesados tóxicos podem estar presentes na composição ou fabricação de diversos artigos de categorias variadas. Dessa forma, optar por objetos, cosméticos ou utensílios domésticos que sejam livres de metais pesados pode ajudar a evitar o contato com esses elementos.
Algumas ações cotidianas, como preferir cosméticos com fórmulas limpas e evitar o uso diário de antitranspirantes com alumínio, por exemplo, podem ajudar nesse processo.
Faça o descarte correto de pilhas e baterias
Por serem compostos por metais pesados, as pilhas e baterias, quando descartadas incorretamente podem danificar o solo e até mesmo intoxicar a água, gerando prejuízos para a saúde em geral.
Dessa forma, sempre que possuir esses materiais em casa, opte por levá-los aos locais de coleta especializados ou devolvê-los às lojas e assistências que trabalham com eles e os comercializam, para que sejam encaminhados diretamente ao fabricante. Assim, a empresa responsável fará o descarte correto, ou a reciclagem desses produtos.
Como eliminar metais pesados do organismo?
Assim como é possível evitar o contato demasiado com essas substâncias, existem algumas alternativas que auxiliam na eliminação de metais pesados do corpo e automaticamente favorecem a diminuição do acúmulo de carga tóxica.
No entanto, é importante mencionar que a capacidade de eliminação vai depender do poder de detoxificação do organismo de cada pessoa, bem como da quantidade acumulada dessas substâncias. Conheça as principais alternativas que podem ser adotadas:
Alimentação rica em proteínas
As proteínas são nutrientes essenciais para o organismo e fundamentais quando se trata da eliminação de metais pesados, já que elas auxiliam no processo de detoxificação.
Levando em consideração que é praticamente impossível não estar exposto a esses elementos, apostar em uma alimentação com a quantidade adequada de proteínas é uma boa alternativa para ajudar o organismo a eliminar as toxinas de forma mais eficiente.
Para isso, contar com a ajuda de suplementos pode ser uma boa saída. O whey protein, ou os aminoácidos, quando são de procedência reconhecida e qualidade comprovada, podem ser boas opções de proteína limpa para incorporar na dieta e ampliar a nutrição do seu corpo.
Além disso, de forma geral, ter uma alimentação equilibrada e nutritiva, rica em fibras, atrelada a uma ingestão abundante de água, faz com que todo o nosso corpo funcione bem e consiga eliminar as toxinas. Assim, o primeiro passo é investir em uma alimentação mais saudável.
Atividade física frequente
A prática de atividades físicas estimula o nosso corpo a eliminar líquidos através do suor e, dessa forma, as toxinas presentes no nosso organismo são expelidas para fora do corpo naturalmente, podendo diminuir o acúmulo gerado pela exposição excessiva aos metais pesados, além de contribuir para uma vida mais saudável.
Sauna de infravermelho
O infravermelho penetra nos tecidos da pele e, com o calor da temperatura utilizada, estimula o aumento da circulação sanguínea e da atividade celular. Esse processo faz com que o organismo consiga eliminar as toxinas mais facilmente e de forma natural, através do suor.
Ativos que auxiliam na desintoxicação
Alguns ativos, nutrientes e compostos de fontes naturais podem ser manipulados e administrados para ajudar no processo de eliminação de metais pesados. Para saber mais sobre essas opções, converse com o seu médico e conte com a Essentia Pharma para tirar suas dúvidas ou realizar o seu pedido.
Terapia de quelação de metais pesados
A terapia de quelação de metais pesados consiste na utilização, por via oral ou injetável, de compostos quelantes, e é um procedimento que deve ser realizado exclusivamente por um profissional de saúde capacitado.
As substâncias utilizadas neste tipo de terapia têm a capacidade de se ligar aos íons metálicos e transformar os metais em substâncias que são possíveis de ser filtradas pelos rins ou metabolizadas pelo fígado, auxiliando na eliminação pelo organismo.
Por fim, é fundamental lembrar que o nosso corpo é inteligente e nosso papel está em ajudá-lo a funcionar melhor, adotando hábitos que contribuem para diminuir a exposição a essas toxinas ou para eliminá-las.
Assim, essas alternativas são importantes para melhorar a qualidade de vida, prevenir intoxicações e, consequentemente, frear o aumento da carga tóxica no organismo.
Fonte: Essentia Pharma
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