Organizações alertam para o risco de remédios manipulados para emagrecimento

Organizações alertam para o risco de remédios manipulados para emagrecimento

Dr. Paulo Lara
Dr. Paulo Lara
Emagrecimento
11 Fevereiro 2025
Organizações alertam para o risco de remédios manipulados para emagrecimento

Desde que os análogos do GLP-1 e GIP foram aprovados pela agência reguladora americana e pela Anvisa, medicamentos como o Ozempic, o Mounjaro e o Wegovy ganharam popularidade tanto para o tratamento de diabetes como para redução da obesidade.

A alta procura, no entanto, tem estimulado um mercado paralelo que levanta preocupação de especialistas e levou entidades médicas a chamarem atenção para os riscos de versões alternativas e manipuladas dessas drogas.  

O alerta foi publicado na última quarta-feira, 5, pelas 'Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia' (SBEM), 'Sociedade Brasileira de Diabetes' (SBD) e 'Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica' (Abeso).

Conforme o documento, o uso desses medicamentos é uma prática “crescente, preocupante e perigosa.” 

Isso acontece porque princípios ativos como a semaglutida e a tirzepatida precisam passar por processos rigorosos de fabricação que garantem que as injeções sejam estéreis, para evitar a infecção dos pacientes, e estáveis, para impedir a degradação do medicamento. 

O problema é, de fato, disseminado. Ao procurar pelos termos “ozempic” ou semaglutida, o Google Shopping retorna uma porção de fórmulas em comprimido ou gotas por preços que variam de dezenas a centenas de reais e prometem resultados semelhantes ao dos medicamentos originais. 

O problema é que essas formulações não são aprovadas pela Anvisa nem possuem comprovação científica de eficácia, além que podem apresentar efeitos adversos desconhecidos. 

Como evitar o “ozempic manipulado”? 

  • Profissionais da saúde não prescrevam semaglutida ou tirzepatida alternativas ou manipuladas. Apenas utilizem medicamentos aprovados por agências reguladoras;

  • Pacientes rejeitem tratamentos que incluam versões alternativas ou manipuladas dessas moléculas;

  • Órgãos reguladores e fiscalizadores, em especial ANVISA e Conselhos de Medicina, intensifiquem as ações de fiscalização sobre todas a fases, empresas e pessoas envolvidas nessa prática.

 

A Anvisa ainda orienta que a população e os profissionais de saúde fiquem atentos às características da embalagem do Ozempic e adquiram somente produtos dentro da caixa, em farmácias regularizadas junto à vigilância sanitária, sempre com a emissão de nota fiscal!

 

Fonte: Veja

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