Em um mundo dominado por redes sociais, filtros e estímulos visuais constantes, a busca pelo "corpo perfeito" se torna algo cada vez mais cobiçado. Os padrões de beleza que valorizam corpos magros existem há muito tempo, mas a pressão mercadológica para alcançar esse objetivo só aumenta. Um exemplo recente disso é o uso de medicamentos para emagrecimento, como o Ozempic, que ganhou popularidade entre celebridades. O principal componente do Ozempic é a semaglutida, e seu uso disseminado tem feito a farmacêutica responsável reforçar a indicação: o medicamento é exclusivo para o tratamento de diabetes tipo 2 e não é indicado para obesidade.
Apesar de sua eficácia na perda de peso, o uso do Ozempic sem recomendação médica pode trazer efeitos adversos, como náusea, sensação de estufamento, anorexia, e até pedra na vesícula devido à rápida perda de peso. Além disso, o abuso da dosagem é alarmante, com relatos de pessoas usando a medicação mais de uma vez por semana, o que não é seguro. A falta de orientação leva muitos a subestimarem os riscos, acreditando que o medicamento oferece uma solução fácil para emagrecer, sem considerar os possíveis efeitos colaterais.
Celebridades promovendo o Ozempic têm um impacto significativo na população. Dados recentes mostram que 60% dos brasileiros estão obesos, o que faz com que as pessoas busquem esse tipo de solução "mágica". Mas, segundo especialistas, essa estratégia pode resultar em reganho de peso após a interrupção do medicamento, reforçando a importância da reeducação alimentar e da mudança no estilo de vida para uma perda de peso sustentável. O Ozempic, portanto, não é uma solução completa; sem acompanhamento médico e ajustes de hábitos, a perda de peso será temporária.
A obesidade é uma condição multifatorial que envolve tanto aspectos físicos quanto psicológicos, e o uso indiscriminado de medicamentos não aborda esses fatores complexos. Especialistas ressaltam que é importante entender a relação de cada pessoa com a alimentação e o sedentarismo e adaptar um plano de ação completo, que inclua apoio psicológico e orientação nutricional. O valor gasto em medicação sem reeducação é alto, e o resultado acaba sendo insatisfatório a longo prazo.
De acordo com a OMS, qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre seu lugar no mundo e está diretamente ligada a fatores como saúde física e mental. Além disso, uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos e o equilíbrio emocional são fundamentais para alcançar uma vida plena e saudável. Por isso, buscar uma abordagem mais completa para a perda de peso é essencial – e vale mais do que qualquer medicamento.
Fonte: CorreiodaManha
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