Você sabe o que são as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNTs) e o que elas têm a ver com os alimentos ultraprocessados?
As DCNTs são grupos de doenças permanentes, que geram incapacidades nos indivíduos, são causadas por alterações patológicas em geral não reversíveis e requerem longo período de acompanhamento e reabilitação.
Entre as principais DCNT, encontram-se as doenças do coração,os cânceres, as doenças respiratórias crônicas, as doenças renais crônicas, além da hipertensão, do diabetes e da obesidade, que também são consideradas fatores de risco para doenças cardiovasculares e condições que exigem cuidados longitudinais nos diferentes níveis de atenção, entre outras.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, as DCNTs consistem nas principais responsáveis pela mortalidade no mundo, e no Brasil o cenário é bastante similar, respondendo por mais de 70% das causas de mortes. Neste contexto, destaca-se que as doenças cardiovasculares configuram-se como primeira causa de morte no mundo e no país, apesar de amplas políticas públicas implementadas ao longo dos anos. Dentre os principais fatores de risco para essas doenças estão: tabagismo, consumo abusivo de álcool, alimentação não saudável e inatividade física.
Em relação à alimentação não saudável, a população brasileira vivencia um aumento do consumo de ultraprocessados, os colocando no lugar da comida de verdade que é composta pelos alimentos in natura e minimamente processados.
Alimentos Ultraprocessados
Os ingredientes principais dos alimentos ultraprocessados fazem com que, com frequência, eles tenham baixa qualidade nutricional, alta densidade energética, elevada quantidade de gordura, açúcar e sódio. Normalmente, são formulações industriais com muitos aditivos químicos como conservantes, estabilizantes, corantes, edulcorantes e aromatizantes.
O alto índice de doenças crônicas, bastante associado à uma alimentação não saudável, preocupa principalmente porque antes elas eram mais recorrentes entre pessoas com idade mais avançada e atualmente muitos desses problemas atingem adultos, jovens e até mesmo adolescentes e crianças.
Pesquisas da área da saúde divulgadas em 2020 concluem que o consumo de ultraprocessados aumenta em 26% o risco de obesidade, eleva o risco de sobrepeso em 23%, de síndrome metabólica (condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes) em 79%, de colesterol alto em 102%, de doenças cardiovasculares em 29% a 34% e da mortalidade por todas as causas em 25%.
Quais são os Alimentos Ultraprocessados?
Alimentos ultraprocessados incluem vários tipos de guloseimas, bebidas adoçadas com açúcar ou adoçantes artificiais, pós para refrescos, embutidos e outros produtos derivados de carne e gordura animal, produtos congelados prontos para aquecer, gelatinas artificiais, produtos desidratados (como misturas para bolo, sopas em pó, “macarrão” instantâneo e “tempero“ pronto), e uma infinidade de novos produtos que chegam ao mercado todos os anos, incluindo vários tipos de salgadinhos de pacote, cereais matinais, achocolatados, barras de cereal e bebidas energéticas, entre muitos outros.
Fonte: Ministério da Saúde.