Pare de contar calorias, diz professora da Harvard Medical School

Pare de contar calorias, diz professora da Harvard Medical School

Metabolismo
26 Maio 2023
Pare de contar calorias, diz professora da Harvard Medical School

Durante as últimas décadas, aprendemos que o consumo calórico e a manutenção do peso corporal poderiam ser regulados por simples cálculos matemáticos, como uma ciência contábil. Porém, segundo a doutora Fatima Cody Stanford, especialista em obesidade e professora de medicina e pediatria na Harvard Medical School, essa ideia sobre calorias é errada e ultrapassada.

Apesar de parecer óbvia no papel, a queima de calorias está vinculada a vários fatores, desde o tipo de alimento que é consumido até variações metabólicas características de cada indivíduo e do tipo e da saúde da flora intestinal.

De acordo com Stanford, mesmo realizando uma conta meticulosa de gastos calóricos, os resultados não são exatos e a técnica deveria ser desconsiderada. Isso acontece principalmente por causa dos três citados acima: microbioma intestinal, metabolismo e qualidade alimentar.

Intestino

A digestão não é feita só por você. Em seu intestino, vivem trilhões de micro-organismos que realizam parte importante da tarefa de absorver nutrientes e usar calorias de certos alimentos. Os pesquisadores descobriram que as pessoas têm diferentes tipos de organismos vivendo dentro delas e que isso interfere no ganho de peso.

Metabolismo

Genes, ambiente e comportamento interferem na característica metabólica do indivíduo e, consequentemente, na estabilidade do peso.  Por isso, sem uma adaptação metabólica adequada, pode ocorrer o “efeito sanfona” mesmo usando a calculadora para regrar diariamente a entrada e a saída de calorias.

Alimentação

A qualidade do alimento ingerido pode interferir mais do que a quantidade calórica. Uma pesquisa veiculada na publicação acadêmica “Cell Metabolism” mostrou que refeições com o mesmo número de calorias e quantidades semelhantes de sódio, gordura e fibra causaram efeitos diferentes nos participantes (homens e mulheres) do estudo. As pessoas que comeram alimentos mais naturais perderam peso.

Stanford afirma que a chave não é contar calorias, mas a escolha dos alimentos –carnes magras, grãos inteiros e muitas frutas e vegetais em sua forma natural– e a realização de, pelo menos, 150 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana.

Fonte: Cataca Livre.

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