O gasto energético diário total de um indivíduo inclui três componentes: a taxa de metabolismo basal (ao acordar em jejum), a atividade física e o efeito térmico do alimento. A taxa metabólica basal contribui com 60 a 75% do gasto energético total correspondendo às atividades básicas do organismo para manter os órgão vitais funcionando (reações bioquímicas, respiração, digestão, absorção, excreção e etc).
O efeito térmico da atividade física representa de 15% a 30% do gasto energético diário total. É o gasto de energia envolvido na contração muscular para a realização de movimentos espontâneos e de exercícios físicos. Ele possui grande variação dependendo do tipo da atividade, duração e intensidade.
O efeito térmico dos alimentos é decorrente dos processos de digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes ingeridos, representando 10% do gasto total de energia. Cada nutriente promove um gasto maior ou menor de energia. O efeito térmico dos carboidratos varia de 5 a 10%, o da gordura de 2 a 5% e as proteínas de 20 a 30% (maior efeito térmico por ter um alto custo no metabolismo para digerir/ degradar e sintetizar proteínas).
Por isso muitas dietas tendem a aumentar a ingestão de proteínas magras, com o objetivo de potencializar este efeito. Mas além dos três componentes básicos, existem fatores que influenciam na variação do gasto energético: composição corporal, idade, sexo, estado nutricional, ação de hormônios e fatores genéticos:
- Composição corporal: quanto maior o percentual de massa muscular, maior é a aceleração metabólica
- Sexo: homens têm um metabolismo de 15 a 20% mais rápido do que mulheres por questões hormonais (testosterona) e por possuírem mais massa muscular, sendo mais velozes e mais fortes.
- Idade: estima-se que há um declínio na taxa de metabolismo basal de 1 a 2% em cada década a partir dos 30 anos.
- Hormônios: os hormônios tireoidianos promovem aumento do consumo de oxigênio, aumento do metabolismo e maior produção de calor. Outros hormônios como GH (hormônio crescimento) e testosterona também contribuem para aumentar a velocidade do metabolismo. O estrogênio direciona o armazenamento de gordura em mulheres na região glútea, quadril e coxas.
- Os homens possuem mais massa muscular e menos gordura, enquanto as mulheres têm menos músculos e mais gordura. A porcentagem de gordura corporal saudável para um homem é 12 - 18%, enquanto para uma mulher é 16 - 25%.
As mulheres sofrem maiores modificações fisiológicas do que os homens no processo de envelhecimento por consequência da menopausa. Com o envelhecimento, além da redução da massa muscular, redução dos hormônios sexuais femininos e o aumento da adiposidade, observa-se diminuição do gasto calórico basal.
Estudo realizado por Trevisan e Bruni (2007) com mulheres entre 45 e 70 anos, sedentárias e há um ano na menopausa, durante 16 semanas realizando protocolo de treinamento de força/ hipertrofia, observou: modificação na composição corporal com aumento da massa magra, aumento do gasto energético basal.
Se associarmos ao treinamento de força, exercícios aeróbicos podemos também reduzir a gordura corporal, promover redução e manutenção eficaz do peso corporal. É fundamental a reorganização do planejamento alimentar, com redução das calorias ingeridas diariamente e aumento da atividade física tanto aeróbica como de força. O ganho de massa muscular se faz necessário para acelerar o metabolismo, trazer equilíbrio e força.
Fonte: Globo Esporte
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